Em pálido caminho a estaladiças folhas forrado,
No suspiro ainda trazia o anseio de uma viagem,
Largando o passeio e sendo pela rua albergado
Nossa silhueta era então encoberta pela ramagem
Que murmurava partes das vozes já proferidas
A folhagem por elas vestida deste percurso sabia
De outros nomes e suas sombras aqui imbuídas
Interrogando até quando teriam em mim estadia,
Quando só o céu tem caminho para enfim andar,
Pouco é o que não sabe a meio, meio pouquinho,
Não preenche bem a ampulheta nem sabe a amar
E às vezes parece apenas outro passo neste caminho
Que ecoa no espaço vazio destinado ao despertar
Que é olvidar a rua pelas asas deste meu passarinho.