Ando em busca das palavras perdidas
Aquelas que ninguém disse ou escutou,
Que não foram no saudar das despedidas
Aquelas que o crescer ao tempo olvidou;
Almejo-as… no suplantar desta voz para lá
Da distância que separa todo o surdo,
Pretendo sua sonância aqui, agora e já
Pois este espaço entre os uns é absurdo,
Deveria ser outra marca d’água no antes,
O cais que aos belos acolhe da tormenta
Ou então o breve olhar entre dois amantes
Que num segundo revela a vinda e a partida
Exprimindo em voz alta a estrada cinzenta
Na busca das palavras que significam vida.