sábado, 30 de junho de 2012

O Sonho: O Anseio da Alma (no Barquinho)

Estas velas têm sido ao sopro do vento,
Na busca por Ícaro neste três mastros,
Este impulso que do caminho é sustento
E cujo oposto será o parar sob alabastros;

O Sonho tem sido esta passagem vertical
Ornando as pálpebras interiores em pinturas,
Pois se a gravidade retém o barco como tal
Haja imaginação para o enlevar às alturas,

Que em sentimento consciente as tomemos
Como objectivo e eventualmente único lar,
Pois este velejar detém o desígnio supremo

Do Universo que é a revinda do e ao singular,
Singremos nestas correntes no volver dos remos
Ao Sonho, esse belo diadema da alma ao ansiar.