Esta brisa no rosto tem sido mudança
Pois têm passado as noites neste relento
E dessa constância hei visto a lembrança
Das vezes em que esta brisa era mais vento;
Todos os fantasmas são mais para os fantasmas,
Ónus para nossos diferentes espaços e tempos
Pois como as estações mudam esses miasmas
Que cedem ao Aqui suas vontades e sustentos,
Esses escritos interiores no que o amanhã era
Sempre focados olhando para o que é lá fora
Mas para que servem se só quero viver o Aqui – Agora?
Contudo, vou apreciando esta agridoce espera
Nesta cinzenta nuvem que cheira a lar e abrigo
Ao que muda o que foi só espero um dia tornar-me ou ser...
...um bom, bom amigo.