Esse ornato, é o semblante da centelha,
Que fulgente pulsa nos elísios infantes,
E no simples essa simplicidade espelha,
Os escritos deixados por outros viajantes,
Eu sou um deles, venho das claves primaveris,
Sou o poeta das cores pois pincelo palavras,
Na tela que é o mundo em toques tão subtis
Que tu, o um de todos os sonhos enquadras,
Nessa tela, onde se misturam todos os sentidos,
Numa valsa de colorações espargidas em letras,
Onde como frases, sou os encontrados e perdidos,
Sim esses, os que apenas são eu para lá do Sonhar,
Instantes sou nesse meio onde a cor então se soletra,
Naquele eterno entre o primeiro beijo e o último Amar.