Através da noite foi a Lua que furtou a dormida
De um trovador ora tornado num romanticida,
Pois havia Vida no seu sorriso, na eternidade,
Assim passada ao seu lado, sem termo ou idade,
Através da noite foi um dia exíguo então a escassear,
Custava-lhe por vezes passar na mesma casa, no mesmo lugar,
Que lhe acossava com água nos olhos, num sonho triste
Até regressar à memória de um instante altivo em riste,
E o relógio trauteava uma canção pelo tempo esquecida,
Porém soava a beijo na testa, a uma margem querida,
Amor, tu que te encontras distante, dá-me a tua mão,
Só assim se erguerá o sol, só assim baterá este coração,
Até lá serei ermo, relento, sonhador sem qualquer sono,
Acorda-me levemente com um beijo deste terno Outono.
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