Em sonhos relembro-me de calcar vidro, indo descalço,
Também saltando sobre cinzas e rochedos, de mãos na mão,
Batendo nas portas e engolindo suas chaves num percalço,
Aonde ia beijando beatas de cinzeiros enfim dormindo no chão,
Em sonhos relembro-me de embaciar vidros com o fôlego
De mil ideais, esperando sois poentes, outras vertentes,
Cultivando o desapego, truz, truz, onde eramos resfôlego,
Onde pretendíamos ser asas pintadas no céu e entrementes
Em sonhos éramos um pouco de luz por átomos divididos,
Fechávamos os olhos, não obstante na cinza do dia passageiro,
O ontem torna-se um pássaro entre anseios e desejos despendidos,
Saibam que este sonhar era um outrora e um será, assim soalheiro,
Alegria e luto ao passar, o riso e chorar sempre e sempre cândidos,
Era Terra do Nunca nas palmas de uma criança e era o seu aguaceiro.
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