Entre os resquícios do Verão e da sua melodia,
Vem o impulso para partir, fugir destes braços,
Então caminhando sobre pontes e nesta rebeldia
Olhava directamente para o sol e os seus traços
Confinados entre as paredes de um coração,
Sem pranto, num instante que nem é partida,
Apenas com tempo para uma última oração,
Cravado um nome numa estrada inadvertida,
Outrora já foi, agora ausência do seu semblante,
Os dias em parada passeando-se diante mim
Tal grito ecoado ao longe e hoje tão distante,
Parece que já não há espaço para ser mais assim,
Cantava com gritos ainda na garganta inobstante,
Círculos ao contrário e a Vida mantida em frenesim.