A minha voz canta cantigas feitas somente de amor,
Ao clique vagaroso do tempo onde lacrimejando
Vai rascunhando apelidos dentro de bolhas incolor
Tal sonho presenteado em cada trilho alcançando
A Aurora-Boreal, o jardim de Éden, a absolvição e redenção,
Acalma a calma, as flores crescem e o sol brilha intensamente,
É a manhã vindoura, a aventura reconhecida do coração,
Até ser colhida pela noite quase assim de repente,
E esta saudade do que está por vir palpita na alma,
Embalada por quilómetros em perspectiva efectuados,
Somos abreviação de uma estória guardada na palma
De uma mão fugidia dividida entre o horizonte
Pois defronte a sua linha e seus poderes ilimitados
Para um ver que não se encerra por enfim ser a ponte.