Numa poça de água reflicto o rosto do passado,
As marcas superficiais e a cicatriz já profunda,
Os rastos cadentes são do trilho o caminhado
Tal cinza de cigarro esbatido na bruma vagabunda,
Dentre o sol nascente e poente fulge o firmamento,
Tanto espaço para o olhar espargido no telhado,
O sussurro deste suspiro é porção, é fragmento
De coração esbatendo nos carris do eclipsado,
Transbordando a noite perante o beijo do dia,
E eu com saudades da sua verdadeira melodia,
De braços sem meus braços num abraço eterno
De uma vida rascunhada a aguarelas num caderno,
Caderno esse com margens e bermas, leves curvas,
O dia está prestes a raiar por entre estas noites turvas.
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