Acenando o silêncio destas luzes apagadas,
O sono que não vem, é cruz e é desamparo
Para o sonhador vaivém, cortinas cerradas,
Trazendo fagulhas para deixar o dia claro,
Indo no holofote, dedos por janelas apontados,
O mundo, entretanto, mudou perante este olhar,
Quatro estações num dia por sol e lua pautados
Através do passageiro, pratos ainda por lavar,
E eu a escutar a chuva que não vejo, o desejo
De dormir numa cama feita, a dor do tratante,
Ansiando o ardor da manhã, o seu único beijo,
A ajuda está a vir! Ouvi num instante um murmúrio,
E o meu coração tão distante, e o pulmão ofegante
Rezando por paz, suplicando por um bom augúrio.
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