Esperando pela palavra das caras vazias preenchidas,
Vamos vivendo para a solidão dos ecos sem varão,
A palavra lida entre as linhas por poemas despidas,
O ruído das ruas sem ninguém, a ausência de verão,
É o som forasteiro de uma cidade de nome perdido,
Onde viuvez é adjectivo para as minhas noivas,
Cadeiras amontoadas, lascando um beijo concedido
E eu, caído dos céus, vou esquecendo das dádivas
Que eram valor acrescentado, a semente de uma estrela
Velha, o bater de uma nova, sou um estranho à constelação
Que me cedeu nome, caminhando os trilhos que são dela,
Vivo para quartos desocupados resfolegando ar rarefeito,
Dando a volta ao destino, ao fado, ao que diz o coração
Esquecido de mim, numa parte de mim, o amor-perfeito (ou não).
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