De vida no peito enlevando-a como oferenda,
Desencontrado com os ponteiros do relógio,
Esta máxima é o que vos deixo, é a prenda
E que bom poder partilhar, que privilégio,
Enquanto passa o tempo vou-me observando,
Espelhos mostrando faces por vezes distintas,
É necessário saber como os ir aqui quebrando
Para retomar o excelso desenho, ter as tintas,
Que é dia a dia por uma impermanência ladeado,
Quando falta um pouco de ontem, um bocado
Que não é amanhã também, é só este instante,
O carrossel é viagem através da pista estonteante,
E eu sou apenas passageiro indo em frente, adiante
Por onde o piso é simultaneamente o pé e o calçado.
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