Por janelas azuis quase vejo minha chegada,
Entre as margens caminhando a passo subtil
Ansiando e esperando por uma eterna amada,
Por onde passei sombras beijando o caminho,
E eu, solitário, vagueio através de semblantes,
É assim na multidão que me sinto tão sozinho
Pois para mim todos vocês são ilhas distantes,
De sonhos para cinismos - é o poeta a envelhecer,
É o assassino da criança que por prados ia a correr,
É este tempo que não permite de alívio respirar
É esta cidade sem espaço para de facto se amar,
E eu a definhar com estas vertigens no coração
Por não encontrar quem confira ou dê sua mão.
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