Pela noite infinda eu era apenas o viajante,
Sonhos doces eram as vozes do caminho,
O horizonte era a procura pelo distante
Que era em mim o caos deste torvelinho,
Jamais visto, próximo da margem querida,
Beleza incógnita era o singelo do abrigo,
Perecia por vielas enquanto era em vida
E a quem conferia a mão vinha comigo,
Na coroa do sol como uma sombra retorno
Ao toque de Ema, ao sussurro da alvorada,
Através do mundo vem o beijo que adorno
E eu, impreterivelmente, preso à leve pluma,
De que me importa enfim ter o lar, a amada,
Se só pretendo contar estrelas uma a uma?
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