O tempo passa e esquece-se docemente,
Eu, todo o espaço entre duas margens,
Vou caminhando rápido e lentamente,
Perfazendo-me num resto destas viagens,
O tempo passa e esquece-se negligente,
De nossas mãos reflexos do firmamento,
Assim paro de respirar meio de repente,
Ecoando pelos corredores este lamento,
De quando tempos passavam sendo nossos,
Instantes tornados memórias de primavera
Que para sempre me atravessarão os ossos
Mesmo que um dia pareçam de outra era,
Neste peito batem em mil e um alvoroços,
Até vos reencontrar, serás vós só uma quimera?