O olhar das pessoas já não me diz nada,
Vagueio, tal folha no rio, sem destino,
Perdi a ponta de esperança, o pé na estrada,
Tantas estrelas idas neste olhar clandestino,
Vagueio, tal folha no rio, sem destino,
Perdi a ponta de esperança, o pé na estrada,
Tantas estrelas idas neste olhar clandestino,
Devagar, devagarinho o riso vai assentando,
Sou o resto que ficou não sendo levado,
E daí ninguém me ouve gritando e gritando,
Não vedes que com toda a alma hei amado?
Sou o resto que ficou não sendo levado,
E daí ninguém me ouve gritando e gritando,
Não vedes que com toda a alma hei amado?
Os passos dados parecem levar nenhures,
Ardentes sedes que não encontram extinção,
E pensar que tive lugar um dia, algures,
Ardentes sedes que não encontram extinção,
E pensar que tive lugar um dia, algures,
Uma mão caminhava alada com a minha,
E eu sorria, do mundo conhecia perdão
No longo trilho de uma vida sozinha.
E eu sorria, do mundo conhecia perdão
No longo trilho de uma vida sozinha.