segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A Madrugada é a Terna Companhia

A madrugada é a terna companhia
Para quem vai às noites sem fim,
Sem dormir naquilo que parecia
Irmos nós passando meio assim

Quase em beleza, imortal percalço,
Resumindo toda uma existência
Do menino nu de pé descalço
E há quanto só sente sua ausência,

Correndo então contra as paredes,
Tropeçando na berma da estrada,
Não saciando suas mil e uma sedes,

Era sentir o mundo sobre sua alçada
Deixando seu peito cair em redes
E seu olhar turvo pela vil cilada.