terça-feira, 30 de setembro de 2014

Silêncio: Entre Mim e o Seu Quarto

Silêncio - entre mim e o seu quarto,
Conto segundos através de suspiros
E certas palavras gastas, assim parto,
Ela é em mim e eu seu apartado retiro

De sua voz e seu sorriso, o leve almejo
- Aquele regaço, vertendo tal comorebe,
Frágil sonha, tão delicado tal último beijo
O único anseio que esta boca ainda bebe…

É assim que os anjos caem do paraíso,
Desse seu pedestal um arco-íris de cor
Pois do negro ao branco tudo é preciso

Então que ela seja o carrasco e a flor:
Goya, Yagan, foscos berços, o sorriso...
E a lágrima… queda-se a chama… Amor?