Não é bem a morte mas sim a não Vida,
Essa sabe tão, tão bem o que é Portugal
O não abrir ou sequer fechar da ferida,
Essa presença sem vida será meu funeral,
Portanto nem é bem o frio, é a falta de calor,
É uma toda possibilidade não concretizada,
Ter dívida para com ninguém e ser devedor
Por todo um país que mais parece uma cilada
Para quem pôde ou poderia noutra situação,
Posto de parte mas não a parte da equação
E para os inocentes, esqueçam a absolvição,
Aos olhos de todos somos todos um culpado
Será este o fado dos grandes filhos da Nação?
Enquanto o Viver é um não - tal sonho adiado.