Aqui escrevo um poema tão bonito, tão leve,
Quase ouço todas as cores do arco-íris,
Até se descongelam os corações feitos de neve
Se morrer agora, se morrer aqui, morrerei feliz…
As pétalas colhidas pela viagem são a caneta,
As pegadas dadas são a tinta, o aviso, o adeus
Para quem esqueceu a caligrafia, a sua letra,
Quem viver aqui, agora, será a ideia de Deus,
Para quem hoje chora como ontem ainda o fazia
Sorrio esta partilha convosco neste preciso aqui,
Por mim canto sim em qualquer canto a magia
Gargarejando a Terra e cuspindo as estrelas,
O poeta tão perdido e sempre encontrado em si
Que sou eu, que sois vós, somos nós todas elas...