Para onde? Onde houver magia soa bem,
Onde o Sol caia suave em beijos doirados
Num sítio onde não passe quase ninguém,
No fundo da algibeira ficarão os instantes
Vestidos e enaltecidos pelo que passou
E ao que aqui restou provindo do antes
Sou eu, o poeta que cada passo amou,
Com o Céu como abrigo viajando-o sozinho
Sempre indo de coração aberto na mão
E que quando perdido se revê no caminho
Ao escutar a melodia da sua própria canção
Que ao deixá-la ir se torna no seu passarinho
Com o passar do tempo, ao passar da estação.