De olhos fechados e dedos bem esticados
Aberto para o universo e para o mais além,
Até que nos fios da matriz fiquem enredados,
Este ver se expanda para enfim ver o que já tem,
Aí que possa então poisar a cabeça na almofada
Despertando enfim do tão irreal retido nesta vida,
Que traga todos os sonhos ou me retorne em nada
Desde que a ampulheta seja por fim preenchida,
Pois serei no amanhã um dia e noutro novo dia também,
Por tua consciência pois de nós és o unitário inverso,
Em ti pai, a espontânea harmonia que nos contém
E que mais do que anseio é razão para olhar, sentir e ser,
Escutai sim esta prece remetida ao ouvido do universo,
Beijai-me as palmas das mãos e sede em mim - o viver.