Após as nuvens, Ema as estrelas concertando
Ao longo do firmamento numa dança só dela,
Entre rodopios e voltas as nuvens inquietando
Nesta serenata que faz e torna a Beleza bela,
Para os ilhéus que desconhecem tais ousadias
Como ela airosa neste seu tão casual intento
Redigindo no cerúleo sem fim infindas melodias
À sua visão embala o além cessando este lamento,
Ao lene reflexo revendo-me a mim nela e sem dano
A viagem entre as nebulosas torna-se aqui sentida,
Apartam-se-me as lágrimas e até o seu oceano,
Os pés da terra se enlevam para lá desta vida,
Não há hesitação nem tão pouco algum engano,
Desta meta terei enfim minha aguardada partida.