O início e fim do mundo rascunhado em vossa mão
Definindo o princípio do sonhado e do mais além
Num mapa azul de uma esquecida rima de verão
Sustentada em quem alma e coração ainda tem
Pois assim nasce outro poema, dedicá-lo-ei a Ema,
Breve e em silfídicos suspiros tornado em baladas
Até quando estranhar qual a sua rima ou tema
Lembrar-me-ei que ela pastoreia minhas amadas,
Em leves contornos delas colorar-me-ei do que pinto,
Concedei-me os arcos da íris dos sóis e aguaceiros
Sublinhados com traço bem forte, sinuoso e sucinto,
Que me permita manter da luz e chuva seus cheiros
Num coreto e meu semblante se torne de si indistinto
E que um dia me perca e ora me reencontre – inteiro.