“Esbracejando para ostentar vida
Quando o viver é tudo menos isso.”
Beijando-lhe a mão, desconhecendo tal razão,
Beijando-lhe a mão, desconhecendo tal razão,
E a Vida sobrevém, ecoando no não finito – ressoando.
Porém o simples, quando acontece, é o único premeditado
O único propósito do fluir, o soar familiar, o euoé! replicado acolá,
Em milhares de janelas, testemunhando-nos a dançar dentre as flores,
No olhar pintado a colorido, o mundo reflecte-o, colorido se tornando,
Acercando-se do não finito, o instante de maresia de estio proveniente,
Quando o olhar é tinta, pintado é tudo em que este tacteia, tão docemente
E tão ténue se torna seu pestanejar, não subtrai nada à ocorrência sincronística
De quando este ocorre, é a adição de momentos entreposta com o expressivo silêncio;
Como este é ansiado, negligenciado e menosprezado pelos demais banais transeuntes,
{estes que se especializam subconscientemente em “transeuntar” durante seus caminhos.}
Os bípedes verbais, tagarelando e discutindo semânticas e assuntos aos quais nem as pedras se interessariam por…
A plenitude atingida do meio-termo percepcionado entre as margens, a dourada indiferença auriluzindo {como tudo o que doura},
O granjear do vulgar enquanto a abóboda celeste é mantida apenas no céu, não recobrada,
Haveis esquecido de que ela deveria habitar sim em vossos corações? Haveis pontuado a magia com o seu ponto mais inconcludente, mais inconciliável: O silêncio mudo que esbraceja na tentativa vã de ressoar a Vida.
n. ego
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