terça-feira, 20 de abril de 2010

O Tempo virá

O Tempo virá

A reflexão no estado é contida,
Um sussurro mudo ao ouvido de:
Espectros entre esplanadas intangíveis,

Bebendo de sua própria sede,
A reciprocidade no único vero ver,
Premeditado ao seu próprio silêncio;

Manancial do estro poético
Incompleto em seu possível potencial,
Algures desponta a jovem Primavera;
- Houvesse olhos realmente para a Ver.
{Mesmo quando o real mente
Alguma verdade, algures deverá ter}

(re)lembro-me: O Tempo virá, a Maré o trará,

Porque é que o Sol viaja?
Nadas na chuva, “tudos” ao sol,
Tanto perdido em cada pestanejar;

Instantes olvidados e permutados,
Nesta insustentável leveza

Teus momentos: derrelictos
Cortinados na brisa passageira,
Névoas nas planícies dos sonhos,

O Tempo virá, a Maré o trará,

Recolho-me em silêncio, demasiados devaneios
Forçai-vos e empenhai-vos à especialidade,
E como eventualmente falhareis.

A neve sofre só,
{Somente e irremediavelmente só?}
De sobre sensibilidade sobre extenuada,
Reencontrando as minúcias dos desencontros,
Em delicada queda constante, passageira na brisa,

O (im)puro sensismo outrora tacteado,
- Assentado palmas abertas nas mãos enregeladas,
Uma ovação em pé para o mais frondoso aplauso,
E que nele cativo, olvidemos as precedentes quedas
- Estilhaçado aquando do seu sussurro nominal,
Nossos ósculos se singularizaram em melodia;

Ela é, o nevoeiro e ainda o farol
A luz perscrutante que convida a (à?) noite,
Ofuscando pelo seu resplendor intermitente,

Como toda a Beleza o é: Fugaz e intermitente.

Incessantemente o é (sem cessar),
Sem o saber simplesmente não o ser,
Acossando ainda a íngremidade no pavimento
O rosto aquieta-se, reconfortando-se no frio asfalto,
Enregelado, é o pausar da probabilidade de caminhar
É esta a plenitude circunscrita em estado latente:

- A do simplesmente incoerente, isto é.

Rosa M. Gray
por joel nachio

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