sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Entre o Zero e o Infinito

Estrelas orbitam o silêncio deste éter constelado,
Eu, princípio e fim, essência de luz e até abismo,
A nebulosa que, trazida no peito, é beijo ecoado,
Entre o zero e o infinito — enfim, mero preciosismo!

Suporto vestígios de alicerces que vão até ao céu,
Reminiscências dos poetas que outrora viandavam,
Passageiros para o ocaso, lembranças e, sim, breu,
Ternura pela dualidade do Cosmos — assim se davam,

O poeta superior e a infinitude do Tempo e Espaço,
A sua pena entrelaçando as folhas ao preciso traço,
De brisa no rosto, e de rosto oculto pelas suas rugas,

E que sonho sonhado tem sido — as lágrimas enxugas,
Há beleza lá, desde o Sol ao luar, e com pétalas a voar,
Torna-se ainda melhor a caminhada: vem o despertar.

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