Reencontro a distância tocando a ida memória,
Não é paixão, é amor, instante eterno coincide
Com a beijo da aurora, lembro-me da estória
Do rapaz que caminhava sem qualquer pertença,
Através de passagens ao ocaso, dado à nascente,
Um jardim de estrelas cadentes esta a doença
Do altivo sonhador, o cosmos remanescente,
Em essência sua alma esvoaçando no horizonte,
A revelação é transcendência, a fé no imutável,
E em boa verdade, entre a luzência e o abismo,
É indiferente, havemos atravessado essa ponte,
Estes sonhos em cascata são eu, nu, vulnerável,
Rascunhados a penas, este é o poema e seu lirismo.