Esperando como quem aguarda, saído do berço,
Quando a eternidade é crepúsculo, a bênção,
É que enfim há Vida a viver, o ser aqui exerço,
Venha a aurora, a primavera e a sua sugestão!
É um bálsamo para a alma, brisa para este rosto,
Um dia o vento me levará para o esquecimento,
Este é o karma humano, aceito-o de bom gosto,
Erodindo-se no relógio do ponteiro é o momento,
Percorrendo a distância tal fantasma, tal fragmento,
A identidade é Inteira, é dimensão para o Universo,
A esquadria do céu traz o cerúleo, o belo firmamento,
E poeira cósmica assenta-se nos ombros, silencia-me a voz,
Se perder o reflexo, o retrato for antigo, e o trilho adverso,
Terei resquícios no Eterno através do eco destes sonetos, (pó de arroz!).
Blog de um músico e poeta português onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
terça-feira, 7 de outubro de 2025
Entre o Instante e o Eterno
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
O Abracadabra da Espera
Por ditoso me vejo por aqui vos ter encontrado,
Que em consciência a tenha por mais um bocado,
Pois a noção de que para o fim tudo caminha,
Faz-me andar para trás tal açaime para a alminha,
Por tanto esperar sei que para muitos é essa uma ofensa,
Porém encontro na não procura a minha recompensa,
O tesouro divino que é a possibilidade dessa companhia,
Para mim é mil abracadabras, é maior do que toda a magia,
Por afortunado dou o clamor de quem gesticula a candeia,
Vejo que o dia nem sempre é noite, que por vezes clareia,
Portanto há sim tempo e espaço para pernoitar nesta lida,
Pois o chegar é relativo, como é relativa esta buliçosa vida,
Então dá-me a tua mão, demos as plumas por aqui soltadas
No que demos por fim gentis as asas abertas e espalhadas.