Dentre estas mãos rios de areia vindos de ampulhetas,
Eu, proveniente do estelar, hoje virado somente poeira,
E o tempo jocoso brincando com o destino de mil poetas,
É aproveitar enquanto esta Vida for da Morte sua solteira,
Dentro destes olhos luzes e reflexos do que trago nos bolsos,
Tu, um pouco de sol manchado ao mais negro do negrume,
E a tempestade cujas tentativas não te arrancam destes ossos,
Sim, estás tatuada nesta alma ofegante que tenta seguir incólume,
Pois cada chaga e cicatriz foi outrora arco-íris, sorriso e flor,
Por uma estrada onde sonhávamos sem ansiar qualquer fim,
E por entre a brasa veio o frio, o gelo, e a verdade que incolor,
Foi tornando dias em noites, este poema longe dos teus caderninhos,
E há muito tempo que esperei, aqui vagueando ante o anjo serafim,
Pois qual o significado de continuar sem ti se for por distintos caminhos?
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
terça-feira, 20 de agosto de 2024
Transitoriedade
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