Vou pensando nos seus olhos delineados e bem abertos,
Sorrindo enquanto puxam as cores de verdes prados,
Retratando as linhas delicadas dos corais despertos,
Em névoa e felicidade de estrelas e aviões deslumbrados,
Vou sonhando com o seu olhar enquanto aguardo por uma rima,
Esperando o rodopiar do mundo para lentamente reaparecer,
Pois tens reunido anjos e esvanecido cada dia em cada lágrima
Que reflecte pássaros-azuis, reensinando-me por fim a ver,
E a alvorada imagina a refracção dos satélites a azul e verde,
Lembra-me de que gostaria do teu cabelo longo pelo chão
Pois mal posso esperar por extinguir esta implacável sede,
És a canção que anseio ouvir, uma linha de pérolas ao pescoço,
Se quiseres que explore o espaço entre o teu olhar, no colchão,
Eu serei o astronauta girando para fora com este nosso esboço.
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