Um breve adeus na bochecha, pétalas e arroz a seus pés,
Estas mãos pintadas a vermelho, de querosene o cheiro,
O vestido de noiva em segunda mão, os outros rodapés,
Onde sonhos penhorados eram reis enforcados num bueiro,
Neste olhar que nada muda, despeito para os corações quebrados,
Lembrando o tentar pensamentos felizes a caminho da igreja
Pois eram tardios amanheceres e entardeceres antecipados,
E esses lábios de outrora, quem será que os levemente beija?
Estas cicatrizes relembram-nos de que é bem real o passado,
E o muro que entre nós existe, é cerco e rendição para o ser,
Onde sua cara ainda fazia parte dos vivos, esse terno bocado
Era júbilo apoteótico, luzes sem sombras, era o único vero lugar,
Sim, tenho palavras para o não, sim eras e és todo o meu querer,
Cheira o queimado, quando o Inferno vier, deixem-nos o fogo banhar
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