Amanhã vem mas permite-me o beijo ao instante,
O sorriso efémero vindo da eternidade adjacente,
Que brilhe sobre a bruma no infundido radiante
Pois assim faremos de deuses a comum gente,
Pretendo sentir os sentidos em êxtase fecundo,
A sedução passional do momento aqui vertida,
Eu sou o detalhe, sou o todo altivo e bem profundo,
Mesmo quando se perde a estrada ou esta não é sentida,
Por isso corro mais do que espero, sou o desejo,
O amor incondicional, só pretendendo eternidade
Pois quando há aceitação e partilha, há o divino beijo,
E para beijar apenas é preciso cerrar os olhos e ver,
Recobrar o fôlego e procurar o resto, a metade,
Pois o resto não essencial não é vida, não é viver.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.