Na palma o sonho, nas pernas a asa potencial,
Viajando através de quimeras e do firmamento,
Sou um nada e um Universo dando-se ao astral
Onde somos eternos num pequeno momento,
Esqueço a sombra que deixo tal rastro cadente,
Adiante há luz em mim enfim ainda por alcançar,
Todos somos eternos num minuto, de repente,
Aqui finalmente atingimos por fim o nosso lugar,
Para além dos mortos-vivos, há o esvoaçar alado,
Ouço o bater do coração que já não é só bocado
Então vamos por onde deixamos o corpo para trás
Onde a guerra reclamou os feridos nas horas más,
Por fim não há mais medo para caminhar em frente,
O mundo é muito mais desde que se vá e se tente.