De ouvidos nesta estática, no ruído de fundo,
Vivendo em vinda, rasgando as costuras,
De joelhos arranhados, a sombra deste mundo
É enfiar a cabeça nas nuvens e ter aventuras,
Pertencentes a Ema, ao soneto de um poeta,
Esta voz gasta sob estas luzes resplandecentes,
A dor do não saber quando termina a ampulheta,
Partimos breve, somos os incrédulos, os crentes,
A noção de que o amor jaz debaixo de lençóis,
Em praias desertas, prados esverdeados, não!
Ele é mais das roxas sarjetas onde constróis
O colibri que esvoaça longe do mundo e vai alado
Por onde ninguém ousa ir, perto do coração,
Amor, para o simples amar basta estar enamorado.