Desabrocha a suavidade do porto de abrigo
E eu, sozinho ou contigo, lembro o passado,
Sim há vezes em que preciso de um amigo,
Há vezes em que o sol não se dá dourado,
Oferece-me o peito e deixa o tempo passar,
Cansam-me as correrias da sobrevivência,
Não tenho tempo para viver, para amar
E magoa-me da situação ter consciência,
Verte-se-me a tristeza de uma geração
Que não tem hipótese de ser ou viver
Que não tem quem lhe ofereça a mão
E lá vai indo direita por caminho torto,
Há vezes que a vida só deseja morrer
E que em vida é só o homem morto.