segunda-feira, 3 de junho de 2024

Elegia Para Orfeu

Seguirei até aos Infernos as suas lúgubres pegadas,
As suas lágrimas somente carreiros para os suspiros,
Por entre as cordas soltas destas mil liras quebradas
São elegia para Orfeu pelo enxofre que aqui inspiro,

As sombras que me acossam, a morte e a paixão, 
Resgatarei o meu Amor por tudo que é sagrado, 
Ouçam este lamento sobre a forma de canção,
Esperancei com sua melodia neste meu fado,

A tristeza é assim deste moribundo rapaz das estrelas,
É o eterno pois a fugir-lhe entre os dedos entrelaçados,
A alma em Tártaro, escapa-se em lembranças de aguarelas,

Era, pois, Eurídice a delicada promessa - a morte do poeta,
O destino, a saudade, o Ver entre si a escuridão dos olhados,
Tragédia dolorosa na dor afagado por esta caminhada obsoleta.

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