Ao ombro aventesmas de um dia passado,
De costas para o sol, o olhar entreaberto,
Sua mão na minha era o beijo silenciado,
A berma marginal de um amanhã incerto,
Corações apressados, o esvoaçar de marés,
As rosas no estômago, borboletas no mural,
As pegadas na areia por descalços pés
Diziam-me que éramos mais, que eras a tal,
O sorriso fulgente de um favor esplendoroso,
Seu olhar continha do céu as constelações,
Traçadas nitidamente por um olhar gracioso,
Bela donzela és a minha agonia, as negações,
A queda, a tristeza e a morte em tom ruidoso,
Amor, amor, ainda és todas as minhas perdições
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
domingo, 28 de janeiro de 2018
Proclamação ao Amor pelo Instante
Estes são os ecos dos meus passos na viagem,
Eu sou a tela e o pincel, o sonho do sonhador,
Sou ânsia e desejo, beijo na e pela aragem,
A parte e porção do inteiro, somente amor,
Eu sou a tela e o pincel, o sonho do sonhador,
Sou ânsia e desejo, beijo na e pela aragem,
A parte e porção do inteiro, somente amor,
Permaneço cativo do instante que é passageiro,
Apaixonado e intenso, esta é a passeata,
Sou corola, raiz e pétala, barco e timoneiro,
Escrevinhando molduras e redigindo minha errata,
Apaixonado e intenso, esta é a passeata,
Sou corola, raiz e pétala, barco e timoneiro,
Escrevinhando molduras e redigindo minha errata,
Porém ainda és tu amor a luz e o horizonte,
És segundo em mim, fragmento e fragmento,
O espaço entre margens em mim - a ponte,
És segundo em mim, fragmento e fragmento,
O espaço entre margens em mim - a ponte,
Esta é a saudade do amanhã, a ânsia do passado,
És sombra e semblante dum agora, o momento,
Aqui és a única coisa que no peito tenho cravado.
És sombra e semblante dum agora, o momento,
Aqui és a única coisa que no peito tenho cravado.
domingo, 21 de janeiro de 2018
As Crianças Aladas do Nosso Peito
Observemos as estrelas enfim a colidir,
Por instantes somos irmãos verdadeiros,
Há pontes a erguer, horizontes a atingir,
Isso é muito maior que todos os cinzeiros,
Ser preenchido de confetes e lembranças,
Encobertos por toques tão fofos e leves,
Há que conceder asas a essas crianças
Pois estes tempos são rápidos e breves,
Amor é este instante neste precioso aqui,
Haja memórias e aspirações para a estrada,
São estas as cores para pintar o nosso colibri,
As luas passadas, o sois vindoiros, a esperança
De quem é suspiro ecoado entre tudo e nada,
Pouco mais sou que a poeira dessa lembrança.
Por instantes somos irmãos verdadeiros,
Há pontes a erguer, horizontes a atingir,
Isso é muito maior que todos os cinzeiros,
Ser preenchido de confetes e lembranças,
Encobertos por toques tão fofos e leves,
Há que conceder asas a essas crianças
Pois estes tempos são rápidos e breves,
Amor é este instante neste precioso aqui,
Haja memórias e aspirações para a estrada,
São estas as cores para pintar o nosso colibri,
As luas passadas, o sois vindoiros, a esperança
De quem é suspiro ecoado entre tudo e nada,
Pouco mais sou que a poeira dessa lembrança.
domingo, 14 de janeiro de 2018
Cantarolamos Constelações Aqui
Abram os olhos há notas nas constelações,
Melodias vão nas espumas das nebulosas,
Há alma, há moção e infinidades de corações
Dentre essas galáxias tão belas e formosas,
Trago beijos sob um olhar atento e preciso,
Pincéis sob dedos esticados para o firmamento,
Traçando estrelas cadentes a gesto indeciso
Pois a dádiva é permitir o agora, o momento,
Deixando um rasto cadente de quem é tocado
E toca na alvorada assistida pela cantiga
Que é vida nas mãos de quem há entoado
As supernovas e buracos negros - a intriga
Do corpo celeste a doce toques pintado
É o suficiente para colocar de lado a fadiga.
Melodias vão nas espumas das nebulosas,
Há alma, há moção e infinidades de corações
Dentre essas galáxias tão belas e formosas,
Trago beijos sob um olhar atento e preciso,
Pincéis sob dedos esticados para o firmamento,
Traçando estrelas cadentes a gesto indeciso
Pois a dádiva é permitir o agora, o momento,
Deixando um rasto cadente de quem é tocado
E toca na alvorada assistida pela cantiga
Que é vida nas mãos de quem há entoado
As supernovas e buracos negros - a intriga
Do corpo celeste a doce toques pintado
É o suficiente para colocar de lado a fadiga.
domingo, 7 de janeiro de 2018
Ósculo ao Segundo
Reclinando-se sobre a poltrona ele é enfim vida,
A intempérie havia as nebulosas reclamado,
Por onde olhava não se via a costa querida
Nem os outroras que havia outrora conquistado,
A intempérie havia as nebulosas reclamado,
Por onde olhava não se via a costa querida
Nem os outroras que havia outrora conquistado,
Hoje sou fragmento de pé assente na estrada,
Pele enrubescida pela ambição deste poeta,
Amor não, não te esqueci, ainda és a amada
Mas amanhã já será tarde para fugir da valeta,
Pele enrubescida pela ambição deste poeta,
Amor não, não te esqueci, ainda és a amada
Mas amanhã já será tarde para fugir da valeta,
Amanhã é tarde demais quando passam segundos,
Eles são para mim o único sítio onde quero ficar,
Eles são para mim todo o amor, todos os mundos,
Eles são para mim o único sítio onde quero ficar,
Eles são para mim todo o amor, todos os mundos,
Mesmo quando para mim já não há sítio nem lugar
Terei sempre espaço nos passos dos vagabundos
Que em mim moram e me vão ensinando a andar.
Terei sempre espaço nos passos dos vagabundos
Que em mim moram e me vão ensinando a andar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)