Para aquele Amor que sustive na mão,
Que um dia recriou magia em suspiros
E com quem repartido foi num coração
Em voos alíferos de partilhados respiros,
Ao Sol que escolheu outro perfeito instante,
Busco no Coelho Branco o trilho para casa,
Olvido penas no ar neste olhar esvoaçante,
Ressoando, o som do escape em meia asa,
Canta para Ela, que brilhe através da neve!
Sim, a luz irradia na ausência doutra gente,
Voando alto enfim voaremos como se deve,
Nestas mãos-asa trazendo do ar a sua semente
Em cada esvoejar outro momento se prescreve,
Neste anseio com o reencontro no transcendente.