O seu coreto era o sítio para o recital
Era então vê-la, bela, frágil e delicada,
Dançando lesta numa estória de cristal
Sobre suas pernas então duas espadas;
Por Amor, o mundo submerso ora passado,
Ao seu porte vinham suspiros de mil poetas
Porém, apenas a um o seu pulsar era enviado
Num anseio por uma alma nessas horas incertas
Era então vê-la lá a dançar lesta por um toque ideal
Que... Uma vez impossível se lhe resgatou todo o ar,
De coração partido – seria então a espuma no mar;
Para seu sangue vertido em suas pernas - um punhal!
E à sua recusa logo pelas filhas do Ar foi pretendida,
Seriam trezentos anos até ver a sua bondade retribuída.
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
sábado, 26 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
A Procura do Coelho Branco: Pelos Olhos de um Colibri
Para aquele Amor que sustive na mão,
Que um dia recriou magia em suspiros
E com quem repartido foi num coração
Em voos alíferos de partilhados respiros,
Ao Sol que escolheu outro perfeito instante,
Busco no Coelho Branco o trilho para casa,
Olvido penas no ar neste olhar esvoaçante,
Ressoando, o som do escape em meia asa,
Canta para Ela, que brilhe através da neve!
Sim, a luz irradia na ausência doutra gente,
Voando alto enfim voaremos como se deve,
Nestas mãos-asa trazendo do ar a sua semente
Em cada esvoejar outro momento se prescreve,
Neste anseio com o reencontro no transcendente.
Que um dia recriou magia em suspiros
E com quem repartido foi num coração
Em voos alíferos de partilhados respiros,
Ao Sol que escolheu outro perfeito instante,
Busco no Coelho Branco o trilho para casa,
Olvido penas no ar neste olhar esvoaçante,
Ressoando, o som do escape em meia asa,
Canta para Ela, que brilhe através da neve!
Sim, a luz irradia na ausência doutra gente,
Voando alto enfim voaremos como se deve,
Nestas mãos-asa trazendo do ar a sua semente
Em cada esvoejar outro momento se prescreve,
Neste anseio com o reencontro no transcendente.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
No Ombro da Margem: Soneto à Espuma
De sílaba a sílaba esta confissão no silêncio,
Escutada pelo nocturno relembra-nos assim
Um tempo ausente de ósculo como prenúncio
Ao melífluo espaçado entre o princípio e o fim;
O Ver era a ausência de qualquer pestanejar
Refractando os reflexos de lunares improvisos,
Naquela margem que cedia alento, prestava ar
E que era nessa espuma o molde destes sorrisos;
O trilho para o Acordar é feito de simples nadas,
É tão simples que é fácil que se nos escapem
Dentre os dedos e que se esmoreçam as escadas
Que vão além do horizonte nesta singular jornada,
Um soneto à espuma passante de ombro na margem
Para quê imaginar se em mim conflui a parte amada?
Escutada pelo nocturno relembra-nos assim
Um tempo ausente de ósculo como prenúncio
Ao melífluo espaçado entre o princípio e o fim;
O Ver era a ausência de qualquer pestanejar
Refractando os reflexos de lunares improvisos,
Naquela margem que cedia alento, prestava ar
E que era nessa espuma o molde destes sorrisos;
O trilho para o Acordar é feito de simples nadas,
É tão simples que é fácil que se nos escapem
Dentre os dedos e que se esmoreçam as escadas
Que vão além do horizonte nesta singular jornada,
Um soneto à espuma passante de ombro na margem
Para quê imaginar se em mim conflui a parte amada?
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