terça-feira, 17 de maio de 2011

Um Soneto de Sol e Lua: Por Um Ósculo (de Imensidão)

Em sonhos encontrar-me-ás, em Sonhos,
Lá, seremos novamente a alada imensidão,
De mão dada, beijando tuas palmas, risonho,
No momento enfatuado aceitando sua bênção;

Em sonhos encontrar-te-ei, esvoaçando nas brisas,
Lá, hei-de ver os teus cabelos tornarem-se grisalhos,
De mão dada, afagando-os nestas poesias concisas,
Teus membros sendo as ervas, estes dedos os orvalhos

Que pela alvorada se condensam brandos na pele,
Essa passagem por aqui será sempre muito breve,
Olhando então eu, para o que o simples tu compele,

Se almejares um dia ver este olhar a suspirar,
Olha mas Vê, em profundeza o seu Ver e lá nele,
Nas constelações ainda reflectidas, o ímpar Amar.