Saudades da bênção do coração, do aqui,
Das profundezas da minha enorme solitude
Queria contar com a ventania das asas do colibri,
Estas palavras confundem-se com a voz da brisa,
Quanto tempo esta espera tornada em mim procuras,
Estranho este semblante que fala tal uma doce poetisa
Que vai escrevendo linhas da mais alta das alturas,
Rosa és falta, uma memória tornada em recordação,
Entardecendo, que me vai trazendo o sono da morte,
Inverno longo tornado em história, tornado em ilusão,
E eu, eterno sonhador eternamente buscando a sua consorte,
Sou o primeiro a sorrir, a recair neste lúgubre fado canção
Quando apenas pretendo saborear a vida e largar a morte.