Com os pássaros partilho esta vista,
Solitário e só através do horizonte
Por onde vou perdendo a pista
Que o que deixei atrás foi ponte,
Onde passei e as dei por findadas,
Através de cada passo fui espaço
Para cor e até asfalto das estradas
Por desbotado e até nítido traço,
Despeço-me da Vida com um beijo
Deixando uma última réstia de ar
Em mim levo tudo o que ainda vejo
Não vá eu de mim próprio estranhar
A diferença entre o anseio e desejo
Para a história que em mim tem lugar.
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
quinta-feira, 18 de junho de 2015
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Sou Actor e Faço Parte da Peça
Sou actor e faço parte da peça,
Essa peça que é a vida a passar
Pela avenida e pela travessa
Onde faço este meu caminhar
Que me leva onde me deixa,
Que me vai deixando ao levar,
Por isso tento não fazer queixa,
Por isso tento não me abandonar,
Pois um dia virá em que escaparei,
Virá esse dia em que irei escapar,
Não como o que ainda procurei
Mas como quem quer encontrar
Pois não obstante do que já dei
Espero que a vida um dia soe a lar.
Essa peça que é a vida a passar
Pela avenida e pela travessa
Onde faço este meu caminhar
Que me leva onde me deixa,
Que me vai deixando ao levar,
Por isso tento não fazer queixa,
Por isso tento não me abandonar,
Pois um dia virá em que escaparei,
Virá esse dia em que irei escapar,
Não como o que ainda procurei
Mas como quem quer encontrar
Pois não obstante do que já dei
Espero que a vida um dia soe a lar.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Tentando Manter O Que Dista
Por vós veio um dia a morte do verão,
Delicada e silente veio devagarinho
E ao adormecer, ao passar do serão,
Ainda me podiam ouvir gritar baixinho
Os nomes das estrelas do firmamento
Que tal um rio apeavam num canto
Recitado por um coração ao vento
Era então esse da criança o encanto,
Adormecia então gigantes sem querer
Enquanto camas vazias se apinhavam
Tal folhas caídas era ver-me estremecer
Aonde não havia nem estrada nem vista
Por onde meus cantos já não se escutavam
Tentando manter o que de mim ainda dista.
Delicada e silente veio devagarinho
E ao adormecer, ao passar do serão,
Ainda me podiam ouvir gritar baixinho
Os nomes das estrelas do firmamento
Que tal um rio apeavam num canto
Recitado por um coração ao vento
Era então esse da criança o encanto,
Adormecia então gigantes sem querer
Enquanto camas vazias se apinhavam
Tal folhas caídas era ver-me estremecer
Aonde não havia nem estrada nem vista
Por onde meus cantos já não se escutavam
Tentando manter o que de mim ainda dista.
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