Há perfumes antigos por entre estes corredores,
Onde as raízes relembram beijos outrora eclipsados;
A sementeira dos sonhos — e eu ainda nos bastidores
De um ciclo eterno, numa primavera dos despertados.
As cicatrizes de outros dias, um dia, também se curarão,
Enquanto pétalas suspensas caem perante o horizonte:
O ventre da terra, rebento vivo, a seiva em pulsação —
Só colheita para o instante, campo e afluentes da Fonte,
Este é apenas outro jardim latente, de frutos ainda por vir;
A palavra fértil para um vento morno de uma manhã,
Ouvindo cânticos pastorais e abraços que venham a advir.
A vida brota desses mananciais, torna-se luz a bruma:
Regressa a aurora, passa este agora para um amanhã
Que é sorriso — é voar alto com o peso de uma pluma.